Por Samuel Heil
A sociedade atual, globalizada, competitiva ao
extremo, com acesso impressionantemente veloz a informação, em constante
processo de mudança de cenários cada dia mais rapidamente, não pode ser
dominada, isso significa que as empresas para sobreviverem e prosperarem devem
buscar uma estruturação sólida, baseadas em equipes fortes e consolidadas,
conscientes de suas atitudes, comportamentos e posturas, alinhados aos valores
da organização, orientados ao resultado final almejado.
É nesse ponto que vemos a importância da Gestão de
Pessoas dentro das organizações, atuando em toda a estrutura hierárquica da
empresa, desde o nível produtivo até a liderança, gerenciando talento,
conhecimento, e capital humano disponíveis. A Gestão de Pessoas deve formar e
consolidar equipes internas produtivas e comprometidas com a estratégia e as
metas da empresa, utilizando adequadamente processos seletivos, atividades de
treinamento, aperfeiçoamento e desenvolvimento de habilidades individuais,
otimizando recursos e investimentos, com o objetivo de maximizar os lucros.
Gestão de Pessoas é um conceito amplo que trata de como os indivíduos se estruturam para orientar e gerenciar o comportamento humano no ambiente organizacional, e pode ser o diferencial de empresas, que sabem selecionar pessoas certas para o trabalho a ser realizado, ou seja: com as competências necessárias, a consciência do valor da sua colaboração para a empresa alcançar seu objetivo, e comprometida com seu trabalho, por paixão ao que faz. Contar com talentos exige recrutamento eficaz, programas de treinamento, implementação de programas de capacitação, e acompanhamento contínuo do desempenho obtido. Mas também uma cultura organizacional que estimule a colaboração, o compartilhamento de conhecimento.
Aspectos intangíveis devem ser considerados sempre que se tratam de pessoas, uma vida em equilíbrio tem diferentes áreas a serem buscadas: sucesso profissional, saúde física, relacionamentos, lazer, espiritualidade, financeira, legado e realização pessoal, a pirâmide de Maslow, apresentada em Motivation and Personality (1970) classificou as necessidades humanas em níveis de importância e influenciação da seguinte forma: necessidade de auto-realização, necessidade de estima, necessidades sociais, necessidade de segurança e necessidades fisiológicas.
Na busca da satisfação mútua, traçando objetivos
comuns aos colaboradores e a empresa atua a Gestão de Pessoas. Quando a
organização vê as pessoas como parceiros de seu desenvolvimento e as pessoas
pensam o mesmo em relação à empresa, a relação muda do controle para o
desenvolvimento.
A ação e a
cooperação das pessoas são fundamentais para mudar a forma de administrar e
como reflexo desta atitude, é preciso reconhecer o papel da cultura
organizacional, percebendo os indivíduos como atores que participam e
influenciam as mudanças. Desenvolver uma cultura organizacional na qual as
pessoas, vistas como responsáveis pela imagem da empresa, precisam ser
motivadas e não controladas, e entendam que mudança é uma constante, pode ser
facilitada com a correta visão de liderança, ou seja, o que caracteriza a
liderança é a capacidade efetiva de gerar resultados por intermédio das
pessoas, ou de influenciá-las.
É preciso não somente prever problemas, mas corrigi-los e um dos melhores instrumentos de que dispõem as empresas para antecipar-se ao curso dos acontecimentos é investir nas pessoas. Portanto faz-se necessário que as empresas apresentem uma proposta
transparente de intenções através de uma cultura organizacional que dissemine o que se espera dos colaboradores.
Investir em pessoas dá retorno líquido e certo, como prova a pesquisa feita pelo Great Place to Work Institute Brasil, em parceria com o Centro de Estudos Financeiros da Fundação Getúlio Vargas, que em um levantamento sobre o desempenho das ações das empresas que estão na Bovespa e que foram eleitas como as melhores para se trabalhar. Se um indivíduo comprasse as ações delas, teria, no período de 2000 a 2005, duas vezes mais rentabilidade do que quem optasse por ações de outras empresas.
De fato a Gestão de Pessoas pode facilitar ou dificultar a evolução do processo de mudança nas organizações, pois a atenção devida às redes informais sociais e de poder dentro da organização tem fundamental importância no sucesso de programas de mudança organizacional. A transição do modelo sócio - econômico industrial para o pós-industrial, fez com que a Gestão de Pessoas esteja profundamente associada ao tema Gestão de Mudanças.
Referências Bibliográficas:
§ VASCONCELOS, Isabella Freitas
Gouveia de e André Ofenhejm Mascarenhas e Flávio Carvalho de Vasconcelos;
Gestão do paradoxo: "Passado versus Futuro": uma visão
transformacional da gestão de pessoas – RAE eletrônica, v.5, n.1, art.2,
jan./jun 2006.
§ BATISTA, Andréa Clara Freire; artigo: "O tripé das organizações: pessoas, cultura e comunicação".
§ SERRA, Floriano; artigo:"Gestão de Pessoas: todos ou ninguém".www.portaldafamilia.org
§ BITTENCOURT, Francisco; artigo:
"A nova lógica das organizações".
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