Por Samuel Heil
Vivemos em um processo de globalização mas muitas
organizações ainda não trabalham dentro delas a comunicação. Onde muitas vezes
é prejudicada por falta de informação aos colaboradores.
Situações como estas ocorrem quando a empresa não tem qualquer tipo de
preocupação com sua comunicação interna. Mesmo hoje, vivendo em um mundo
globalizado, de avanços tecnológicos, de maior facilidade de acesso ao
conhecimento, de comunicação "on
line", esta infelizmente ainda é a realidade da grande maioria das
empresas.
Existe grande diferença entre as teorias apresentadas em obras de
referência, e o cotidiano das empresas, onde o clima organizacional é
apresentado como harmonioso, um contexto em que todos sabem o que acontece, a
diretoria conversa diretamente com seus subordinados, não há ruídos, nem
conflitos. Este pode ser o modelo perfeito, e é, mas são poucos os gestores que
vêm a comunicação como peça fundamental para sobrevivência da organização em um
mercado tão competitivo. A maioria está focada em números, vendas,
lucratividade, e não dá a devida atenção a comunicação existente, nem está
focado naqueles que fazem com que aqueles números sejam crescentes e positivos:
os colaboradores.
Uma empresa pode alcançar o diferencial competitivo quando focar
seus esforços na comunicação estabelecida com seus colaboradores, e conseguir
estimular a motivação destes ao fazer com que se sintam importantes, se sintam
partes do processo.
A importância de desenvolver uma comunicação estratégica eficaz
com a equipe é baseada no fato que a imagem construída por eles da organização,
é refletida para o público externo.
Segundo Marques (2004), "a imagem que os funcionários têm da
organização que trabalham é a base da imagem externa. Não existe melhor
estratégia de comunicação do que transformar seus funcionários em verdadeiros
embaixadores de sua empresa".
A este propósito, Tavares afirma, "funcionários insatisfeitos
com as condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer
uma contra-propaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de
descontentamento que os dominam. E, caso estejam satisfeitos com a empresa,
poderão vendê-la para o cliente externo."(2005: 05)
Diante deste contexto, e de um mercado cada vez mais competitivo,
as empresas estão, aos poucos, percebendo a importância de investir na
comunicação interna, e passando a ver seus colaboradores, não apenas como
mão-de-obra, mas também (e acima de tudo) como capital humano que gera
resultados. Qualquer empresa se preocupa com seu futuro, com sua manutenção no
mercado, mas para isso é imprescindível a maior participação e integração da
equipe, para então conquistar os objetivos traçados.
Rosalina Tavares (2005) relata também que a atitude estratégica voltada
para o atendimento a clientes faz com que os funcionários tenham capacidade de
responder qualquer dúvida que surja dentro da companhia, e isso inclui
envolvimento, comprometimento, valorização e, principalmente, qualificação do
funcionário, visando assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo todas
as rotinas de serviço da empresa onde atuam. Afinal, uma informação errada dada
ao cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o
desenvolvimento de um projeto.
Quando a autora acima fala em integração, participação,
envolvimento, comprometimento e valorização, está intrinsecamente a falar da
conseqüência que estes podem gerar nas pessoas envolvidas, sendo este um dos
objetivos da comunicação interna: a motivação.
Todas as empresas iniciam seus trabalhos no mercado com o intuito
de alcançar a excelência no seu segmento, mas infelizmente poucas conseguem. A
busca pela melhoria da qualidade dos produtos e serviços oferecidos já não é
mais um diferencial, e sim um fator obrigatório. O diferencial hoje está nas
pessoas, na comunicação estabelecida entre elas, e para elas.
As organizações, de um modo geral, não têm estratégia de
relacionamento com sua equipe, e a comprovação disso é o fato de ser comum
encontrar empresas em que as pessoas vivem estressadas e cansadas com o ritmo
de trabalho acelerado, acusando falta de informação, ou demasiada informação,
distanciamento das chefias, falta de envolvimento nas decisões que os afetam,
fraca capacidade de fazer valer o seu contributo, entre muitas outras
situações.
A comunicação não é função de um ou de outro departamento
específico, é função de todos na organização, desde a administração aos
subordinados, tendo que ser praticada com responsabilidade pelos envolvidos
para gerar os resultados pretendidos.
A gestão eficaz da comunicação interna melhora o clima
organizacional, ajuda a motivar as pessoas que passam a confiar mais na empresa
em que trabalham, por conhecê-la melhor, por aprofundar-se mais nos seus
processos internos, por opinar e participar das decisões estratégicas.
Construir relacionamento com sua equipe, informar, persuadir,
envolver e consequentemente motivar, ajuda a construir uma imagem
organizacional mais clara, limpa para os diversos públicos da organização.
Pois, como foi citado no início, a imagem que o público interno tem da empresa
reflete na imagem percebida pelo público externo.
Referências:
Tavares,
R. S. A. (2005). A importância da comunicação interna para o desenvolvimento
organizacional: um estudo de caso em empresa brasileira.
Marques, R. (2004). Comunicação Interna (documento online)
Rh.com.br – o Portal dos Profissionais de Recursos Humanos. Acedido em 07 de
Junho de 2009, em:
http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Artigo/3715/comunicacao-interna.html
Quer saber mais informações e estratégias deste material. Encaminhe um e-mail para samuca.heil@gmail.com
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